Todavia, a partir do momento em que já está instalado o consumo (maconha, nos casos mais comuns), as estratégias teriam de ser bem diferentes. Na criação de um modelo do que acontece com os usuários de droga, as campanhas estão numa fase bastante embrionária, mas acho que estão certas ao afirmar que drogas fazem mal. É preciso dizer como e por que as drogas são altamente prejudiciais ao organismo para que a pessoa tome uma decisão firme, bem alicerçada, e disponha-se a abandoná-las.
O que é o vício?
As drogas psicoativas, ao contrário, armam curtos-circuitos que bloqueiam a saciedade natural e mantêm picos elevados de dopamina até esgotar sua produção. É por esse mecanismo que voltar aos locais em que a droga foi consumida, a presença de pessoas sob o efeito dela e o estado mental que predispõe ao uso pressionam o usuário para repetir a dose. O crack é resultante da mistura de cocaína, bicarbonato de sódio ou amônia e água destilada, resultando em grãos que são fumados em cachimbos. O consumo do crack é maior que o da cocaína, pois é mais barato e seus efeitos duram menos. Em razão disso, o apoio da família e entes queridos é parte do processo de recuperação.
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Já os aspectos sociais são mais abrangentes e abstratos, pois têm a ver desde a um ambiente negativo em casa, que pode favorecer ou facilitar o uso de alguma substância, até a incidência de pontos de tráfico de drogas perto do local onde a pessoa vive. Os aspectos psicológicos envolvem dificuldades de lidar com frustrações e resolver problemas, traumas clínica de recuperação de dependentes químicos da infância, sintomas de depressão, tristeza sem motivo, quadros de ansiedade ou qualquer outro sentimento ligado ao psicológico. Somente na América do Sul, o número aumentou de menos de 2 milhões para 2,25 milhões. Ainda, a ONU afirma que o crescimento do uso da droga no Brasil foi o principal fator para a elevação da taxa do consumo no região.
Sintomas da pessoa com dependência química
Ronaldo Laranjeira — Acho que a queixa é fruto de um certo saudosismo, uma vez que há tipos de maconha, entre eles o skank, que chegam a ter 20% de THC. Na Holanda, foram desenvolvidas cepas que contêm maior concentração desse princípio ativo, o que faz com que a maconha perca a classificação de droga leve e se transforme numa substância poderosa para causar dependência. Deve-se considerar, ainda, como justificativa da queixa que o uso crônico causa sempre certa tolerância.
A ideia é que todo esse processo aconteça da forma mais confortável, segura e baseada nas melhores evidências científicas”, afirmou. Já segundo o Relatório Mundial sobre Drogas do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC), divulgado a cada década, estima-se que cerca de 284 milhões de pessoas no mundo, entre 15 e 64 anos, a maioria homens, usaram alguma droga em 2020. Isso é aproximadamente o equivalente a 1 a cada 18 pessoas nessa faixa etária e representa um aumento de 26% em relação a 2010, ano em que o número estimado de pessoas que usaram drogas foi de 226 milhões. Por outro lado, comportamentos mais complexos, como escolha, parecem depender não apenas de vias dopaminérgicas, mas também de vias glutamatérgicas e da interação entre elas. O que é mais, a atividade dos neurônios no Nac eliciada por estímulos condicionados é específica ao estímulo incondicionado com o qual foi associado (Carelli & Wondolowski, 2003). Uma situação de escolha pode ser definida como uma situação ambiental na qual mais de uma alternativa de resposta está disponível, o que corresponde a qualquer situação em que o comportamento possa variar (Rachlin, 1997).
Os problemas não atingem apenas aqueles que cercam o dependente, mas a sociedade como um todo. A dependência química é considerada uma doença e o sujeito necessita de tratamento. A pessoa dependente pode apresentar humor oscilante, euforia, depressão, impaciência, desânimo, frustração, agressividade, desinteresse, impulsividade, irritabilidade, etc.
Considerando que em uma situação de escolha um comportamento é emitido em detrimento de outro, e que os organismos estão continuamente se comportando, então “não é exagero dizer que todo comportamento envolve uma escolha” (de Villiers & Herrnstein, 1976). Portanto, o estudo de um comportamento não deve envolver apenas os reforçadores e estímulos associados a ele, mas também os comportamentos concorrentes e seus reforçadores. O paradoxo é resolvido quando o controle atribuído à pessoa é colocado no ambiente.
Contudo, a partir do momento em que foi possível extrair a COC, o princípio ativo dessas plantas, ela passou a ser usada como droga de abuso. Eles têm a necessidade de usar doses cada vez maiores para obter o mesmo efeito que atingiam com doses menores, o que acaba produzindo um ciclo vicioso de consumo. É a fase em que alguns, inclusive, se iniciam no mundo do crime, por praticarem furtos para obter algum modo de sustentar o uso de drogas.
O risco aumenta a partir dos 26 anos, sobretudo em função da grande frequência de festas com os amigos, da necessidade de reforço da masculinidade, além do consumo de drogas como automedicação para ansiedade ou depressão. Uma pessoa que usa uma droga uma vez e percebe consequências negativas para de usá-la. Já a pessoa com tendência à dependência química permanece usando a substância mesmo que traga problemas para o seu corpo ou para a sua vida. Quem sofre o transtorno apresenta uma série de problemas pessoais; sua carreira fica prejudicada, suas relações interpessoais se deterioram, etc.
Cotidianamente usamos a palavra vício para definir uma preferência de uma pessoa a algo, porém seu real significado é bem mais pesado do que parece. No que se refere à cocaína, nem todos que manifestam esses sintomas desenvolverão a síndrome paranoica. Soube de um usuário de cocaína que, em crise, saiu em disparada por uma estrada, foi atropelado e morreu. Ronaldo Laranjeira — É a força da dependência, um fenômeno diversificado cuja essência é a disfunção cerebral provocada por várias drogas e que se manifesta em pessoas de personalidades diferentes. A droga produz efeito tão intenso porque age nesses mecanismos biológicos bastante primitivos.
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